quinta-feira, 19 de agosto de 2010

breves reflexões

Ter neles ( negocios e finanças) as principais (e quase únicas) fontes de pautas retira da economia um de seus principais significados: o de discutir o meio pelo qual a sociedade se organiza, como produz e distribui seus bens/sua riqueza, como ela se organiza enquanto organismo.

O jornalismo econômico não deveria efetivamente retratar como a economia afeta a vida das pessoas em sua totalidade (não só aquelas que trabalham no ramo)? Sua renda, seu padrão de consumo, os meios como elas gastam ou aplicam seu dinheiro, os impostos que devem pagar, dentre outros. Isso não só mostraria ao público outra face da economia (que vai muito além da discussão de números, dividendo, estatísticas e especulações em bolsas de valores), como também aumentaria o número de leitores/internautas das editorias de economia já que, ao ver uma economia de modo mais concreto, conectando-a ao seu cotidiano, o publico encontraria uma razão para, um por que de ler as noticias de economia.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

de um NECESSÁRIO ir além

http://www.youtube.com/watch?v=2Ztr8j_-gD4&feature=player_embedded

e de ver que a vida é TÃÃÃO MAAAAIS *.*


contraste-me. não me idealize. veja meus defeitos, meus erros, minhas imprecisões. me corrija até, mas sem muita audácia e com um mínimo de humildade. me chacoalhe, me tire minimamente do lugar, me FAÇA PENSAR. Me questione, me inquiete. Não me aplauda em tudo, não ache tudo o que eu faço / falo / penso lindo. Me faça VER DIFERENTE.


O amor não te liberta. O nome disso é ALVARÁ DE SOLTURA. Amor é outra coisa.
O amor não é aquela coisa brega, mas que te remexe todo. O nome disso é Banda Calypso. O amor é outra coisa.

correção: O amor não te dá a chance de mudar o que está diante de você. E o nome disso NÃO é controle remoto. A isso chama-se PLENITUDE :)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

agradáveis surpresas eletrônicas

"Amor é o sol que não cobra por seus raios. É o ar que preenche todos os recipientes por dentro e por fora. É o oceano que aceita todos os tipos de rios sem questionar suas origens. É a árvore que não se vangloria ao dar sombra e abrigo e curva-se para oferecer seus frutos. É a água do mar que dissolve as rochas da arrogância inflexível. É a água doce do rio que mata a sede de todos que vêm na sua praia. É o chamado do sábio que ama o que sabe e sabe o que ama."


 

domingo, 8 de agosto de 2010

Tati Bernardi vicia

Não entendíamos nada, MAS continuamos insistindo.


Só tem uma coisa pior do que inventar um amor: ACREDITAR.

E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu não sei o que é. Dessa coisa que TALVEZ seja amor.

E eu pelos cantos, suspirando por mais um amor perdido pelo EXCESSO.

Nem posso dizer que tentei evitar, pois já descobri que se você evitar a VIDA, ela acontece do mesmo jeito.

Se a primeira recaída já é uma re-caída isso significa que enquanto você ACHAVA que estava tudo bem você já estava caindo?

Ainda que sentir de verdade pareça uma outra vida, às vezes cansa viver dentro das coisas que INVENTO.

Esperando porque é o que resta mesmo, não é falta de coragem, não é de se fazer, é de SE SENTIR e só.

Tenho vontade de perguntar baixinho: você não gosta nem um POUQUINHO de mim?

O tempo todo me dizendo MENOS. Menos. Pra aguentar, por favor. Pra ter alguma coisa, qualquer coisa.

Ressaca passa. É isso, simples. Você pensa que vai morrer, mas PASSA.

Não existiu morte para o que NUNCA nasceu....

Não vou permitir SILÊNCIOS porque é aí que o meu fundo transborda

Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, foram feitas pra um dia darem ERRADO.

Não preciso ter medo de espantar o que já está tão LONGE de mim.

Sempre uma tristeza abafada[...]uma alegria exagerada que ninguém acolhe e o silêncio depois, fazendo curativos na pureza criando CASCAS.

O que sobra quando você sai é um dia claro que me pede para dar um passo, apenas UM passo.

É triste saber que FALTA alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar....

Eu preciso sentir que você (ainda) SENTE.


E vou me perguntar de novo quando é que o efeito da droga que eu nunca experimentei vai passar.


- sem mais.
melhor eu fechar isso e nem ousar procurar por um nome:  Abreu, Caio Fernando.


Quem procura não acha. É preciso estar distraído e não esperando absolutamente NADA. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado.

Não lembrar dos que se foram, não desejar o que NÃO se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se.

Tô tirando férias, dando um TEMPO disso, chega de amar, chega de me doar, chega de me doer.

Ainda que nada dissesse, era sempre como se dissesse ALGUMA coisa.



- meu sobrenome é.. teimosia.

sábado, 7 de agosto de 2010

close your eyes, clean your heart, lei it go

"Mas daí, como num passe de mágica, sem que a gente se dê conta, as coisas vão mudando. As ligações se tornam remotas, as conversas evasivas e se vão estar juntos ou não pouco importa. O essencial se torna descartável. Até que a gente esquece, esquece de lembrar o quanto estar presente foi importante um dia."





é engraçado como algumas idéias que nos preenchiam quase por completo (sim, tenho orgulho ferido) hoje parecem não fazer mais o menor sentido. de como você parece ter certezas que se fortificam e correm o risco de se tornarrem VERDADES. e de como verdades se desmancham no ar, dissolvendo-se feito poeira.

de agora, impressão, memórias e premonições se misturarem a ponto de parecerem sinônimos. do que era uma desconfiança meio remota,m neurótica, hoje poder tornar-se o início de explicações mirabolantes para algo que, provavelmente, não passa de mais uma de minhas neuras, minhas teorias mirabolantes para explicar o que não foi e que nem passou perto de ser. ou daquilo que eu gostaria que tivesse sido.

como você conseguiu estragar a imagem que eu tinha construído de você? uma imagem tão forte, tão bonita, tão limpa... tão admirável sabe? você não tinha o direito de fazer isso. não tinha.  depois de botar aquela merda entre os lábios, você meio que revirou tudo em mim. até agora não sei definir se foi vômito, náusea, uma leve indigestão ou se é coisa adormecida que acordou e me rasgou inteira por dentro. foi lembrança que eu tinha deixado depositada num cantinho, quieta, para não ser acordada (pelo menos por enquanto) e fazer a bagunça que eu estava tentando pôr em ordem. do hábito sagrado de fingir que tá tudo normalíssimo, que eu não pensei em você, que eu não ensaiei tantas respostas de mensagens enviadas e que, provavelmente, foram MINIMAMENTE pensadas (sim, eu insisto em acreditar) e talvez relidas, reescritas.

por mais que eu fique brava internamente, sem demonstrar nada de modo tão  explícito, mexer com memórias não é simples assim. você não pode tirá-las da estante, olhar, brincar e depois largá-las aí em um canto. elas não mudam, elas estão intocadas, petrificadas pelo momento, pelo contexto em que se deram. as luzes, as cores, os cheiros, o tato, as falas, os risos de canto de boca, os olhos cintilantes em meio à escuridão da madrugada. tá tudo guardado, emoldurado e pronto. sabe, secou, não dá pra ficar retocando, tira uma frase de efeito daqui, põe uma gargalhada desajeitada no lugar. tira um tato, um arrepio, põe uma olhada para o lado oposto ao meu. tira o silêncio  e põe um carro passando, deixando fumaça e um barulho que vai emudecer tudo o que foi dito pelo silêncio entre nós.

você vai passando e vai desarrumando tudo. e eu tinha falado que não ia deixar a bagunça voltar. eu, que estava encontrando (ainda to encontrando) a plenitude. ok, talvez plenitude seja muito forte pra descrever as inseguranças cada vez mais seguras que andavam me preenchendo. mas sabe.. eu estava conseguindo. mesmo.

mas agora tanto faz. porque, além de você não estar preocupado com o meu estado nessa desarrumação toda, você sempre foi mei desajeitado. meio trapalhão. mas de um jeito não convencional. de um jeito só seu. que vai entrando, ainda que desproporcional, e vai tomando espaço, invadindo meus interstícios, meus vazios, minhas ressacas. de uma cura de ressaca leve, que já tinha me derrubado pra valer, você tornou-se o maior dos meus mal-estares; a minha ânsia. a minha reviravolta. minha dúvida. meu guia. meu preechimento. a minha... pulsação.


e olha eu aí de novo, falando de você desse jeito assim, cujo gosto é de madrugada fria, em que um quase foi mais que completo pra me completar. e, ainda que você tenha essa mania insuportável de retocar minhas memórias, eu juro que vou remexer nas memórias recentes e tentar recuperar a antiga. talvez fique meio borrado, meio sem foco, talvez perca um pouco o brilho, a cor e a simplicidade. mas eu quero recuperar um pouco, ao menos. é bem provável que não fique o mesmo. mas é um risco que se corre por esse vai e vem de roteiros, memórias, predições, combinações. mas, anda logo, escolha logo o seu. siga em frente. e me deixe. eu e minhas ressacas. talvez você demore pra passar. mas um dia, talvez uma outra ressaca, menor, mais leve e mais doce, tome o seu lugar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

chá, doces & cinema

já não serei mais agora a que renunciou isolada, a que se intimidou diante das vidas mal traçadas  e perece nas sombras, órfã de amor.


procura ler nos meus olhos todos os consentimentos e mata a tua sede.


se te encanta a passagem contraditória do meu ser passei sobre ela teu cansaço contemplativo.


estou passeando pela vida que passou: volto para ela.


[Patrícia Galvão]

de um dia que parecia ser meio torto, meio cinza, meio apático. apesar das novidades já conhecidas e do possível entusiasmo, hoje eu estava num clima "minha alegria, meu cansaço". mas, no fim, o que era aborrecimento virou alegria, o bico esparramou-se em riso. gargalhadas, correrias, medinhos momentâneos ("são longuinho, são longuinho, se eu achar o meu RG dou 3.. 4, 5, 10 pulinhos!"). aula de novo, novo rosto, novo esmalte, novo timbre. novo corte, alguns elogios, dezenas de sorriso por minuto. abraços, inúmeros, dos mais gostosos, fortes, de saudade, de presença, de companheirismo.

das expectativas mil. da metralhadora de sorrisos em que eu me vi hoje. de lágrima tímida, que escorre no canto, seguido de um riso de "inacreditável".

da vida que se apresenta sob estado de graça pra mim nesse instante.

- felicidade é a-pe-li-do *.*

 

do temor dos inesperados

cacete, que medo que me dá. aliás, um mix de medo, de ansiedade, de vontade de responder as MILHÕES de perguntas que me preenchem agora, da cabeça aos pés. é INCRÍVEL como planejamos falas, frases, cenas e até olhares e sorrisos com um alguém e, no fim, tudo nao sai exatamente como pensávamos / desejávamos. Alguns itens saem ainda melhores. outros nem tanto.

mas o fato é: nunca tive tão pouco (ou nenhum) controle sobre o caos de sensações que me retalham como agora. Num dia uma coisa, noutro outra, no seguinte ainda resta uma história recortada e mal contada pelo caminho. eu e minha mania de não pôr um fim, de dar um desfecho evidente para as coisas. quando eu comecei a me ligar mais em cinema, lembro de odiar aqueles filmes que não tinham final - final MESMO, daqueles de te fazer chorar pelo casal ter terminado junto ou por ter se separado definitivamente. ou qualquer outro desfecho que respondesse às perguntas que passaram pela minha cabeça ao longo de toda a trama.

e olha que irônico: no fim, minha trajetória é uma repetição de histórias não terminadas ou mal continuadas. de memórias que se cruzam e se mesclam, de frustrações que se somam, de surpresas boas que se multiplicam cada dia mais. das minhas inseguranças infinitas que me impedem de dar um passo rumo ao um THE END, enfim! e é nessa ânsia de acertar que acabo deixando tudo um pouco mais difícil e mais interminado. uma frase jogada ou que escapa, um olhar não intencionado que acaba extravasando, um sorriso que se esparrama em momentos de maior seriedade. um abraço não impedido, um noite não dormida, um "não" não dito, uma flor recebida, uma conversa que se deixa levar e que, no fim, acaba revelando muito mais do que pensávamos. ou muito mais do que tínhamos sentiso.

os silêncios que preenchem as dúvidas, os espaços, as conversas e que acabam falando muito mais do que pessoas. eu tenho medo dos silêncios. e do quanto eles podem falar por nós. é nesses silêncios que os movimentos se reproduzem, entrecortados por uma contraluz que desenha perfis no ar e ilumina olhos e bocas.


de uma dança, leve, inocente e envolvente ao mesmo tempo. de memórias, angústias e expectativas partilhadas, confissões trocadas, memórias confessadas.  livros emprestados, músicas mandadas, afagos.de uma identificação sobrenatural e uma aproximação frenética.

de um matar saudade que estava meio esquecida, meio guardada, meio trancada a sete chaves. de um janela inesperada, de uma ligação inesperada, de um "o convite ainda tá de pé?" mais inesperado ainda. de parte da família conhecida, de pães de queijo e bolo de mandioca. de um "até mais" no carro, de frases antes cobiçadas agora soltas, deliberadamente, da maneira mais natural e não dramatizada possível.

de abraço forte, que expreme lágrimas, tímidas, pequenas, mas que precisavam se libertar de dentro de nós. de noites partilhadas, mensagens não mandadas mas escritas meio incessantemente e naturalmente, escritas em pensamento, em sentimento, em vontade. de todas as discusssões, todas as convicções, todos as divergências, as poucas concordâncias. O novo ver, new ideas, new musicas, new style, new colours, new places, new destinies. todas as partilhas, todas as preocupações, todos os agrados, os empréstimos, os interesses, os risos, as frases de efeito mal jogadas com terceiras intenções. das discussões maduras na praça, no planejar de destinos alheios. algumas últimas decepções, algumas farpas bem cortantes, algumas brincadeiras não ponderadas.da dúvida que paira. sobre o que não se concretizou, mas de tudo o que já conseguiu arrancar, mudar, mexer, tirar, acrescentar. de todas as percepções alteradas, da ausência prolongada que consome, que me preenche e me esvazia, que me consome minutos que se transformam em dia que se convertem em mês. da dúvida constante, da pergunta mal feita e, por enquanto, longe de se respondida.

de abraço tímido, leve, meio desajeitado, que quer entregar-se e afagar o outro, mas com um receio, um pudor, um "quero mas não devo". das músicas tocadas, dedicadas, pensadas. do refri comprado, do salgado oferecido, do sorriso que se continha em sair e deixar-se mostrar. das mil frases, atos, supresinhas planejadas porém guardadas, num armário, num canto do quarto, da memória, do peito. de fotos tiradas, de cartas recebidas, lidas, relidas. tecos de email de esparramar riso ("digamos que eu adoro inverno"). do poder imutável de mexer com meus interiores e deme fazer AGORA (com 6 meses de faculdade, uma vivência e o conhecimento de pessoas tão maravilhosas) a pergunta que nunca se calou e que, pelo que vejo, continuará morando e latejando em mim: "POR QUE?". da sensação de eu ser a errada, a insensível, a que sempre faz tudo errado. ou, quase tudo.


às vezes gostaria de ter uma folha em branco e começar tudo de novo. mas, poucos instantes depois me asseguro: não. reescrever nos impede de viver alguns momentos em toda a sua exatidão e intensidade. digamos que, no máximo, eu gostaria de.. um bloco de rascunhos =]



"O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento conseguido com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar..

[...]

Esta dor tem de ser aguentada e bem sofrida com paciencia e fortaleza. Ir a correr para debaixo das saias de quem for é uma reacção natural, mas não serve de nada e faz pouco de nós próprios. A mágoa é um estado natural. Tem o seu tempo e o seu estilo. Tem até uma estranha beleza. Nós somos feitos para aguentar com ela.


Podemos arranjar as maneiras que quisermos de odiar quem amámos, de nos vingarmos delas, de nos pormos a milhas, de lhe pormos os cornos, de lhes compormos redondilhas, mas tudo isso não tem mal. Nem faz bem nenhum. Tudo isso conta como lembrança. Tudo isso conta como uma saudade contrariada, enraivecida, embaraçada por ter sido apanhada na via pública, como um bicho preto e feio, um parasita do coração, uma peste inexterminável, barata esperneante: uma saudade de pernas para o ar.


O que é preciso é iguala a intensidade do amor a quem se ama e a quem se perdeu. Para esquecer, é preciso dar algo em troca. Os grandes esquecimentos saem sempre caros. É preciso dar tempo, dar dor, dar com a cabeça nas paredes, dar sangue, dar um pedacinho de carne (eu quero do lombo, mesmo por cima da tua anca de menina, se faz favor)."