terça-feira, 29 de dezembro de 2009

do novo da ana cañas

Vem colorir
Solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher
O que ele
Tem e traz
Quem atender
O que ele diz
No giz do gesto
O jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite
Do silencio
Exibe
Em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

traduções de Caio F.

muito, muito por caso achei os pedaços interiores desse escritos na Internet, na madrugada de ontem. Não que eu já não tivesse sido apresentada a ele (alô Ana Lú!). Mas, minha nossa.. sabe quando você DESCOBRE, de fato? bateu - e puta.. latejou, fez um estrago como a chuva de ontem.


- sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você, ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e, se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que, no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?


...você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente.


No fim destes dias encontrar você que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa e passa a mão na minha cara marcada, na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro. Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços e você me beija e você me aperta e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem. (deitada no colo, pedindo pelo ombro, no aperto espaçoso do metrô).

Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.

E o pior é que tem um dos lugares mais bonitos mesmo. (você foi o melhor - nossa, há dois meses ouvi de outra exatamente o oposto).


mas, no fundo no fundo, não importa mais.

Repito sempre: sossega, sossega - o amor não é para o teu bico.

e acho melhor parar... antes que transborde pelos olhos.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Ten Years Gone


Then as it was, then again it will be
An' though the course may change sometimes
Rivers always reach the sea
Blind stars of fortune, each have several rays
On the wings of maybe, down in birds of prey
Kind of makes me feel sometimes, didn't have to grow
But as the eagle leaves the nest, it's got so far to go

Changes fill my time, baby, that's alright with me

In the midst I think of you, and how it used to be
Did you ever really need somebody, And really need 'em bad?
Did you ever really want somebody, The best love you ever had?
Do you ever remember me, baby, did it feel so good
'Cause it was just the first time, And you knew you would

Through the eyes an' I sparkle, Senses growing keen
Taste your love along the way, See your feathers preen
Kind of makes makes me feel sometimes, Didn't have to grow
We are eagles of one nest
The nest is in our soul

Vixen in my dreams, with great surprise to me
Never thought I'd see your face the way it used to be
Oh darlin', oh darlin'

I'm never gonna leave you.
I never gonna leave Holdin' on, ten years gone
Ten years gone, holdin' on, ten years gone


quaaase morri *.*
led é uma das minhas favoritas, sem dúúúúvida.

e, minha nossa, e mesmo eu contando como foi tudo aquilo ainda rio e me divirto com você.

Feliz Natal a todos.
Que esse sentimento de renovação e de esperança renasça em cada um de nós.
TODOS OS DIAS.

domingo, 20 de dezembro de 2009

é preciso valorizar o não dito.


Então, pequena Amélie, os teus ossos não são feitos de vidro. Podes levar algumas pancadas da vida. Se deixares escapar esta chance, eventualmente o teu coração vai ficar tão seco e quebradiço como o meu esqueleto.´


Você tem cinco minutos pra se entregar a uma tristeza profunda..
curta-a.
abrace-a.
descarte-a.
e prossiga...

talvez o seu cheiro demore pra sair da minha roupa.
e eu não esqueça tão cedo da sensação do teu colo.
mas eu não temi.
no fim, creio mesmo que tudo saiu como deveria sair. e nunca estive tão feliz, ainda que meio boquiaberta, por isso.

da próxima vez, vejo esse filme com uns 8 meses de antecedência. sabe, é que, no fundo no fundo, eu adoro um suspense,

começa-se uma nova etapa.

domingo, 13 de dezembro de 2009

um pequeno fluxo de consciência

eu não aguento mais. ver filmes, ouvir músicas, ouvir sobre o the Clock, sobre o the Morrison , estudar matemática e física e lembrar de você. Ouvir frases clichês de filmes e imaginar eu dizendo todas ou boa parte delas para você, acrescentando ou tirando o que eu achar que devo.

às vezes (muitas ou poucas, já parei de tentar medi-las) creio que tudo isso é bobagem outras vezes tenho CERTEZA de que não - que basta eu chegar lá,olhar pra você e vomitar tudo o que eu tenho aqui dentro que as coisas vão voltar ao lugar de onde nunca deveriam ter saído e pra onde eu gostaria tanto que voltassem. não aguento mais ver comédia romântica e me imaginar olhando exatamente pra você, repetindo tudo aquilo que eles dizem não aguento mais ouvir queen e pensar que aquela poderia ser mais uma música das várias que teriam composto a nossa trilha sonora. nao aguento ficar me segurando pra não te ver e depois me arrepender por nao ter gastado outros 15 minutos como os últimos que tivemos - nos quais eu nao continha o sorriso dengoso, você me olhava como nas nossas primeiras idas ao cinema e eu fazia os comentários sarcásticos que te faziam rir e me achar um verdadeiro docinho (ainda que eu ache essa idéia no mínimo absurda porque eu estou mais pra pimentinha).

eu odeio o talvez e odeio ficar constantemente me perguntando o que teria sido. "E SE.." me mata e elimina quaisquer das minhas possibilidades de eu me deixar ser minimamente livre por que é tão dificil pra mim reproduzir na sua frente um milionésimo das coisas que eu fico ensaiando na minha cabeça, na frente da tv do rádio e no computador - como faço agora. o pior é que eu nao sei lidar com esse medo, esse temor que tenho aqui, de nao saber o que se passa dentro de vc -se é que passa algo referente a mim - o que vc pensa sobre mim e o que acha de tudo isso. incrivel como nos conhecemos poucos e como vc já parece fazer parte de mim, dos meus gostos, das minhas lembranças e das minhas projeções e ludibriações sobre o futuro. eu queria ter um pequeno, mísero indicio que fosse sobre o que se passa aí no seu interior, porque aqui no meu eu já estou desitindo de achar um mapa que me ajude a organizar o caos de idéias sensações e desejos que se passam aqui. cacete por que voce tinha que ser impresivel assim pra mim - vc não gosta quando eu falo palavrão mas tudo bem, vc nao vai ler isso mesmo. por que vc não poderia ser como o ultimo, para quem tudo estava tão previsivel quanto as falas clichês das comédias românticas que eu venho assistindo. eu planejava as minhas falas, as respostas dele e tudo andava mais ou menos nos trilhos - por que vc tem que ser diferente? talvez por isso que esteja aqui agora me revirando na busca por uma explicação desses fragmentos que eu quero encaixar mas que temo não fazerem mais sentido algum pra vc.

ok, eu pisei na bola. vc também teve suas falhas mas a sensação que ficou em mim é que eu deixei escapar nos ultimos segundos. quando eu estava ali, finalmente assistindo à reação que eu queria e ouvindo (ou melhor, lendo) muitas das coisas que eu fiquei imaginando por semanas.. justo ali quando tudo isso finalmente parecia chegar à estação mundo real eu me descontrolei e falei algumas coisas que estavam (bem) entaladas. algumas foram no momento, outras, apesar de meio rudes, continuo acreditando que revelá-las era realmente importante- sao detalhes que nao podem ficam meio desapercebidos em um relação, qualquer que ela seja. mas eu derrapei na curva final... me senti potente na época, idiota algum tempo depois e assim, perdida, hoje. mas vc tambem, tinha que demorar tanto assim pra falar tudo aquilo? eu sou meio apressada e impaciente já tinha te falado isso - mas vc e essa sua mania de duvidar das minhas tosquices e defeitos, por mais que eu os contasse. bom, eu não sou perfeita, vc também não, mas vc parecia rir e desacreditar dos leves desabafos que eu fazia. lembro de nós comprando doces ali perto e vc me perguntando: "vc nao é daquelas pessoas que ja acordam de mau humor reclama do mundo e descontam isso em outros pessoas né?". vc riu. e eu fiquei sem graçaa, como se dizendo pelo meu olhar desesperado: sim, sim sou eu, eu tenho dessas mas não me condene por isso. está tudo bem assim, eu nao vou remoer aquilo que tbm me desagradar em vc". é como se eu pedise por favor, não tire essa minha máscara. eu temo qual a sua reação quando vc se deparar com o que tem debaixo dela e dentro de mim.

no fundo eu me pergunto se nao construi um personagem pra te agradar. não me remodelar por completo, mas ir fazendo algumas coisas que nao fazila muito parte de mim e que passaram a ser quando estavamos juntos. eu não mudei - me sinto totalmente eu hoje - mas lembro de me sentir totalmente eu com vc também. temo que não consigamos levar uma conversa daquelas, que dizíamos sobre tudo, indo desde filosofia até fisica, passando pelas viagens a São Carlos e combinando o cinema do próximo fim de semana. vc queria me levar pra lá e eu ria dizendo que vc deveria me colocar no seu bolso que o problema estava resolvido. ríamos, vc me dava beijinhos e eu me sentir vermelha. e quando vc me pôs no colo ali, no meio da praça. eu toda pudorada, dizendo calma, aqui nao é lugar, e vc respondendo dane-se o que eles vao pensar, vc nao deve nada a ninguém. no fundo, eu bancava a pseudo-revolucionaria e era vc quem me vinha com umas frases dessas. por mais que eu ensaiasse o dia oui ate semana quase toda pra bater um papo serio contigo vc vinha, ria e me beijava. e eu ria, e ficava sem reação, saindo boba, ficando com aquele sorriso de apaixonada até altas horas da noite.

e, por mais que eu escreva, sinto que não resolve. escrever sempre me ajuda a ponderar, a me achar e me fazer entender boa parte daquilo que eu não entendo. mas dessa vez não. quando mais escrevo, mais afundo nisso tudo, mais perdida e sem reação fico, mais sedenta por uma conversa, um almoço, uma duvida que me levem a vomitar tudo isso que se passa em mim. me desculpa a pressa, mas eu te avisei da minha impaciência. mas vc foi injusto tambem comigo pois, por mais que eu avisava, vc ria, me beijava, e me fazia acreditar que aquilo tudo nao tinha a mínima importância. tudo bem, eu fiz com que isso tivesse importancia até maior do que a real, mas vc deveria ter me feito parar pra que eu -mesmo sabendo que vc poderia nao voltar mais- me contivesse e tentasse falar aquilo tudo de um jeito mais delicado. acho que até hoje vc não entendeu os meus porquês, mas eu nao tenho coragem o suficiente pra olhar pra vc e te explicar tudo direitinho - ja tentei fazer isso, mas sinto qe nao teve efeito algum, porque vc continuou sem entender. nao tem problema, dizia vc, e isso pra mim soava como um "deixa, agora já nao me importa mais". pra quem conversava ate 5 horas, sinto que agora falamos línguas totalmente distintas e incompreensíveis.

eu torço muito pra que vc esteja lá na 6a feira. na véspera da fuvest eu fui lá, mas vc nao estava. semana passada fiquei em casa estudando, dizendo deixa pra la, mas me perguntando o que teria acontecido se eu tivesse ido -eu continuo achando que mudaria pouca coisa, mas mesmo assim nao ficaria com a sensação de falha e medo que sinto agora. eu torço pra te encontrar la, sair pra mais um almoço e poder dizer pelo menos um pouco desse vendaval que tem me virado de cabeça pra baixo nos ultimos dias. queria que vc voltase, mas me pergunto tambem como nao pode ser diferente, como seria nós dois juntos, daqui pra frente. talvez a gente devesse passar por isso pra construir um novo começo. mas me pergunto tambem se isso nao foi um ponto final. nunca como agora desejei nao acabar com esse texto, pois temo que ele seja a ultima referencia que farei a voce caso eu receba aquele nao definitivo que sempre me fez hesitar em conversar sério contigo.

que não haja ponto, exclamações, mas sim vírgulas e reticencias.


Inclinei-me depois sobre ela, rostoa rosto, mas trocados, os olhos de um na linha da boca do outro. pedi-lhe que levantasse a cabeça, podia ficar tonta, machucar o pescoço. Cheguei a dizer-lhe que estava feia, mas nem esta razão a moveu.
-Levanta Capitu!
Não quis, não levantou a cabeça, e ficamos assim a olhar um para o outro, até que ela abrochou os lábios, eu desci os meus e...

domingo, 6 de dezembro de 2009

a pessoa é para o que nasce





foi SENSACIONAL.

AC/DC 27/11/2009.


Chuva o dia todo, céu negro e a alma límpida.

Sim, por mais que inacreditável fosse encontrar dois uspianos atrás de mim - sendo que um deles tem a pachorra de soltar a seguinte frase `Voce sabia que 72% do Pantanal localiza-se no Mato Grosso do Sul?`. A minha pergunta é COMO, COMO um sujeito tem a cara-de-pau de soltar algo assim numa tarde feliz como aquela, de expectativa e muita espera (13 anos de espera)?! Enfim, comentarios feitos, tentei ignorar a presenca desses pobres universitarios - que me derama impressao de ter como unico grande feito na vida a entrada para a USP- e sentir tudo e todos que estavam ao meu redor.


O show mal tinha comecado e parecia que tudo ja estava lindo. As pessoas chegando, as camisetas, os comentarios, as expectativas -tudo tudo, pensado nos minimos detalhes. Pude ver as mais diversas reacoes das pessoas que pisavam na pista - alguns davam cambalhotas, outros se abracavam, uns rolavam de peixinho, outros ainda se ajoelhavam, como que em agradecimento aos deuses do rock por estarem ali, NO SHOW, apos horas de onibus advindos de Santa Catarina, Parana e Rio Grande do Sul (Mafre, Porto Alegre, Curitiba foram alguns nomes das muitas cidades sulinas que enviaram fas socados em onibus num sol de 30 graus rumo ao Morumbi).


Atras de mim, um careca, com argolas nas orelhas e tatuagens enfeitando todo o corpo ria, fumava e bebia cerveja, como se estivesse esperando aquele momento ha meses - se nao ha anos. Aquele tipico cara de filme norte-americano, dono de gangue de metaleiros que, ao menor movimento, gritarao na sua orelha a qualquer minuto - grito bruto, bem metaleiro mesmo. Uma primeira sensacao de medo logo deu lugar ao vislumbramento por me eu me deparar ali, pessoalmente, com um tipo que eu so havia visto em filmes.


chuva, chuva, mais chuva. cessam as gotas, acumulam-se os risos, as musicas, as especulacoes sobre detalhes do show - as musicas, os efeitos de luz e som, a estampa da cueca de Angus. Quando finalmente meu Cunhado me puxa pelo braco e me obriga a comprar a porra da capa de chuva (Vamos Le, olha o toró que vai cair / Nao Thi, relaxa, chuva é pra fracos, metaleiros de verdade vai até debaixo chuva.. e já estamos molhados mesmo, gota a mais, gota a menos..), Sao Pedro decide aprontar uma pegadinhaaaa e cassar o aguaceiro. (AHH MALANDROOO..). Enfim, irritacao momentanea passada, e quase meia hora gasta admirando a paisagem masculina (babeei num moreno sentado logo abaixo, mas qual foi a minha decepcao ao perceber que o rapazote ja estava devidamente - ou melhor, indevidamente - acompanhado. Alias, decepcão dupla ao notar que o teor de beleza da dita cuja era praticamente nula se comparada à do rapaz), as luzes finalmente se apagaram e comecou o pseudo show do falecido Nasi.


Olha, o Nasi que me perdoe, mas ele conseguiu ser PIOR do que eu pensava. Eu ja nao simpatizava com a voz do pobre cidadao.. depois do pseudo-show de abertura, lá pelas 8 e meia, a moral do ex-vocalista do IRA desceu ralo abaixo. Confesso que tocar Raul fi uma tentativa inteligente, porem mal sucedida, de salvar o show. Po, nem Raulzito foi capaz de salvar a pele do rapaz. Mas ouvir MOSCA NA SOPA, METAMORFOSE AMBULANTE e SOCIEDADE ALTERNATIVA - sabendo que minutos depois os australianos do AC/DC adentrariam o palco -foi algo INDESCRITIVEL. Raul é um genio, indiscutivelmente, e continua mais vivo do que nunca *.*


Meia hora depois, as luzes se apagam novamente, e comeca a rola um filminho nos teloes. A adrenalina subia, os pelos arrepiavam, os gritos ja ecoavam pelo morumbi. Tods ali, reunidos por um mesmo motivo - independente da idade, da condicao social e do local de origem. Todo mundo ali - pagando no minimo 120 mangos, cabulando trabalho, aniversario de pai, filho, esposa ou sogra (o que nao é lá uma pessima ideia). TODOOOS ALI, em NOME DO ROCK.

Sensacional. O filme termina, as luzes explodem, eles entram. O que se sucedeu naquelas duas horas de som ensurdecedor, de gritos historicos (como o meu) e de rostos perplexos - pela animacao dos coroas, pelo solo de Angus, pelo show de luzes e efeitos no palco, pelo show de fogos ao fim do show - foi uma transe indescritivel. E acredite: eu nao usei nada ilicito. Apenas me servi de um belo sanduiche de presunto e queijo , umas pipocas doces e uma garrafa d`água.


Até porque, usar qualquer coisa na tentativa de intensificar os arrepios causados pelso toques na guitarra, no baixo e na bateria, era pura tolice.


Sem querer imitar os nerds uspianos atras de mim quanto a capacidade de filosofar sobre temas toscos como a localizacao do pantanal (!?), mas, ao ver Angus ali, suando, descabelado, falando com a guitarra numa lingua unica e intraduzivel, de fato pensei que cada um é para o que nasce. Por um momento a ideia de ser jornalista não me pareceu tao distante e inalcançável, e - ainda nao descobri qual o impacto do grito da guitarra naquele instante sobre mim - talvez essa minha intuição não esteja tao enganada. Talvez meu sexto-sentido (seja ele feminino ou nao) esteja apontando para um caminho certo. E talvez as luzes que iluminavam Angus (numa das performances que se revelará uma das mais alucinantes da minha vida roqueira) se voltem para mim e clareiem a trilha à minha frente, ajudando-me a responder para o que eu nasci.