quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

de presentes, agradecimentos e lágrimas


 

Obrigada por participarem desse meu sonho e ajudarem a fazer de 2010 O MELHOR ANO DA MINHA VIDA.


domingo, 5 de dezembro de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

de praça, música e dedos


Lets just forget, everything said. Everything we did.

Best friends, better halves
Goodbyes, and the other night, we realized,
We were falling out of love
there were some things, that were said, that weren’t meant
they never did
the last thing i want to be is overly dramatic

I just think its best
Cause you cant miss what you forget
So lets just pretend
Everything and anything
Between you and me
Was never meant


 aviso: quebrar patentes individuais não é das tarefas a mais fácil


domingo, 28 de novembro de 2010

de maravilhosos descuidos




A gente vive tentando pôr ordem em tudo. Cheia de não me toques, eu só quero desse jeito, nessa hora, na companhia de tal pessoa. Achando que sabe o que é melhor pra si (e para outros, muitas vezes). Por vezes, sou levada a crer que não é bem assim. Às vezes, deslizamos. Nos descuidamos. Pagamos a língua. Quebramos promessas. Desviamos do caminho.

bom..ainda bem  :)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

de prazeres molhados

"Toco a tua boca, com um dedo toco o contorno do tua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a tua boca se entreabrisse e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha não escolheu e te desenha no rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade eleita por mim para desenhá-la com minha mão em teu rosto e que por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a tua boca que sorri debaixo daquela que a minha mão te desenha".

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

de nostalgias

de reflexões na madrugada, música revivida e muita... muita saudade.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

das Mulheres

E Sto. Tomás, depois de Aristóteles, decreta que a mulhjer é um ser incompleto, um ser "ocasional". É o que simboliza a história do gênese em que Eva aparece como extraída, segundo Bossuet, como um "osso supranumerário" de Adão. A humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si mas relativamente a ele; ela não é considerada um ser autônomo. [...] Ela não senão o que o homem quer que ela seja. [...] A mulher determina-se  e diferencia-se em relação ao homem  e não este em relação a ela; a fêmea é o inessencial perante o essencial. O homem é Sujeito, Absoluto; ela é o Outro.

A categoria do Outro é tão original quanto a própria consciência. [...] Levi-Strauss pôde concluir: "A passagem do estado natural ao estado cultural define-se pel aptidão, por parte do homem, em pensar as relações biológicas sob a forma de sistema de oposições: a dualidade, a alternância, a oposição e a simetria, que se apresentam sob formas definidas ou vagas, constituem menos fenômenos  que cumpre explicar que os dados fundamentais da realidade social". [...]

Por que as mulheres não contestam a alteridade do macho? Nenhum sujeito se coloca  imediata e espontaneamente  como inessencial;  não é o Outro definindo-se como Outro define o Um; ele é posto como Outro  pelo Um definindo-se como Um. [...]


De onde vem essa submissão na mulher?


Ecistem outros casos que, durante um tempo, uma categoria conseguiu dominar totalmente a outra. É muitas vezes a desigualdade numérica que confere esse privilégio: a maioria impõe sua lei à minoria ou a persegue.Ma as mulheres não são, como os negros nos EUA ou os judeus, uma minoria: há tantos homens quanto mulheres na terra. Não raro também os dois grupos foram inicialmente independentes [...] e foi um acontecimento histórico que subordinou o mais fraco ao mais forte: a diáspora judaica, a introdução dos escravos na América, as conquistas coloniais são fatos precisos. Nesse casos, para os oprimidos, houve um passo à frente: têm em comum um passado, uma tradição, por vezes uma religião, uma cultura. [...]

Nem sempre houve proletário, sempre houve mulheres. Elas o são em virtude da sua estrutura fisiológica: por mais longe que se remonte na história, elas smpre estiveram subordinadas ao homem. Sua dependência não é consequência de um evento ou de uma evolução, ela não aconteceu. [..]

Em verdade, a natureza, como realidade histórica, não é um dado imutável. Se a mulher se enxerga como inessencial é porque não opera, ela própria, esse retorno. Os proletários dizem "nós". Os negros também. Apresentando-se como sujeitos, eles transformam em "outros" os burgueses, os brancos.  As mulheres - salvo em cerrtos congressos - não dizem "nós". os negros dizem "as mulheres" e elas usam essas palavraspara se designarem a si mesmas: mas não se põe autenticamente como Sujeito.

os proletários fizeram a revolução na Rússia, os negros no Haiti,  os indo-chneses bateram-se na Indo-China. A ação das mulheres nunca passou de uma agitação simbólica: só ganharam o que os homens concordaram em lhes conceder; elas nada tomara: elas receberam. [...]

Vivem dispersas entre homens, ligados pelo habitat, pelo trabalho, pelos interesses ecnonômicos, pela condição social a certos homens - pai ou marido - mais estreitamente do que as outras mulheres. Burguesas são solidárias dos burgueses e não das mulheres proletárias; brancas dos homens brancos e não das mulheres pretas.

O proletariado poderia propor-se o trucidamente da classe dirigente; um jude, um negro fanático poderiam sonhar com possuir o segredo da bomba atômica e constituir uma humanidade inteiramente judaica ou inteiramente negra: mas mesmo em sonho a mulher não pode sonhar em exterminar os homens. O laço que a une a seus opressores não é comparável a nenhum outro. A divisão dos sexos é, com efeito,  um dado biológico e não um momento da história humana. [...]

O casal é uma unidade fundamental cujas metades se acham presas indissoluvelmente uma à outra: nenhum corte é possível numa sociedade na sociedade por sexos. Isso é o que caracteriza fundamentalmente a mulher: ela é o Outro numa totalidade cujos dois termos são necessários um ao outro.


 (trecho da introdução de "O Segundo Sexo", Simone de Beauvoir)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

da Outra

Paz, eu quero paz
Já me cansei de ser a última a saber de ti
Se todo mundo sabe quem te faz
chegar mais tarde
Eu já cansei de imaginar você com ela

Diz pra mim
se vale a pena, amor
A gente ria tanto desses nossos desencontros
Mas você passou do ponto
e agora eu já não sei mais...


Eu quero paz
Quero dançar com outro par
pra variar, amor
Não dá mais pra fingir que ainda não vi
As cicatrizes que ela fez

Se desta vez
ela é senhora deste amor
Pois vá embora, por favor
Que não demora pra essa dor
sangrar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

do não-dito

O que sentimos vibra além dos papéis, das afinidades, da roupa de gente que usam. Toca o que a gente não vê. O que não passa. O que é (…) Com eles, o coração da gente descansa. Nós nos sentimos em casa, descalços, vestidos de nós mesmos. O afeto flui com facilidade rara. Somos aceitos, amados, bem-vindos.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

de uma viagem futura

Crônica da cidade de Santiago


Santiago do Chile mostra, como outras cidades latino-americanas, uma imagem resplandecente. Por menos de um dólar por dia, legiões de trabalhadores lustram a máscara da cidade.

Nos bairros altos, vive-se como em Miami, vive-se em Miami, miamiza-se a vida, roupa de plástico, comida de plástico, gente de plástico, enquanto os vídeos e os computadores domésticos se transformam em perfeitas contra-senhas da felicidade.

Mas os chilenos são cada vez menos, e cada vez são mais os subchilenos:
a economia os amaldiçoa, a polícia os persegue e a cultura os nega.

Alguns viram mendigos. Burlando as proibições, dão um jeito para aparecer debaixo do sinal fechado ou em qualquer portal. Há mendigos de todos os tamanhos e cores, inteiros e mutilados, sinceros ou fingidos: alguns, na desesperação total, caminhando na beira da loucura; e outros exibindo caras retorcidas e mãos trêmulas graças a muito ensaiar, profissionais admiráveis, verdadeiros artistas do bom pedir.

Em plena ditadura militar, o melhor dos mendigos chilenos era um que comovia dizendo num lamento:

— Sou civil.

do mal de acostumar-se

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.



- de pensar que o comum tornou-se raro. Pior: artificial. Na real, eu nem lembro direito quando isso começou, mas só sei que está assim. Acho que, no fundo, sei quando se intensificou, mas não do POR QUE, do PONTO DE PARTIDA. E pior ainda: não sei como parar com isso. E mais pior ainda: não sei se quero parar. Por que eu tô tranquila e nao quero (melhor, não ADMITO) que ninguém quebre ou ameace isso. Esse sentimento de plenitude é raro e só lembro de tê-lo vivido assim, com essa fome e veracidade uma vez. Mas alguma poucas vezes, eu me pergunto se estou tão plena assim. Porque ando mexida, ou melhor: minimamente pensativa. Querendo descobrir e também esquecer. Do que foi bom. Do que fazia isso tudo ter TANTO sentido. E do quanto eu me sentia bem conversando, partilhando, rindo, discutindo. Na real, acho que isso tudo me parece TÃO ANACRÔNICO - não consigo me imaginar fazendo isso com uns e outros hoje. Eu temi, por uns poucos instante, mas hoje não temo mais. Lamento, apenas. Que tudo esteja se perdendo assim.. tão de repente e até mais rápido que a construção. Mas destruir é tão mais fácil que construir, acho que isso é comum. É ruim, mas nada disso mais parece ter sentido pra mim. Não é natural e eu já não faço muita questão. Ainda não se tornou indiferença mas.. to sentindo que não falta muito. Comecemos, pois, a contagem regressiva.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

de legendas

Jane: [...] Grande parte das vezes é a nossa própria vaidade que nos ilude. Para as mulheres, a admiração que elas crêem no objeto significa mais do que aquilo de fato se trata.

Elizabeth: E são os homens que se encarregam de as convencer.

Jane: Se é propositalmente que o fazem, não têm desculpa; mas não creio que no mundo haja tanta duplicidade, como a maioria das pessoas pretende fazer acreditar.

Elizabeth: Estou longe de atribuir à duplicidade alguma faceta do comportamento de Mr. Bingley; mas o que certo é que, mesmo sem se planejar fazer o mal ou tornar os outros infelizes, podem-se criar situação de equívoco e sofrimento. Refiro-me à inconsistência, à falta de atenção para com os sentimentos dos outros e à falta de poder de resolução.

(Orgulho e Preconceito - Jane Austen)


melhor deixar pra la.

domingo, 19 de setembro de 2010

de perturbações, inseguranças, crescimentos

“A identidade torna-se uma celebração móvel: formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas cultuais que nos rodeiam. É definida historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, identidades que não são unificadas ao redor de um eu coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas. Se sentimos que temos uma identidade unificada desde o nascimento até a morte é apenas porque construímos uma cômoda estória sobre nós mesmos ou uma confortadora narrativa do eu. A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia” (HALL, p. 13).


- de um primeiro passo a saltos largos, de perder de vista.
mexida, revirada, insegura. com medo. com receio. com vontade. com o pé preso e o coração calado.
 
eu penso.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

de trechos de livros

Entre canção e canção, essa mulher conta boas histórias,e as conta espiando papeizinhos,como quem lê a sorte de soslaio.

Essa mulher de Oslo veste uma saia imensa, toda cheia de bolsinhos.

Dos bolsos vai tirando papeizinhos, um por um, e em cada papelzinho há uma boa história para ser contada, uma história de fundação e fundamento, e em cada história há gente que quer tornar a viver por arte de bruxaria.

E assim ela vai ressuscitando os esquecidos e os mortos; e das profundidades desta saia vão brotando as andanças e os amores do bicho humano, que vai vivendo, que dizendo vai.



- um abraço beem grande pra você.
Obrigada por tudo. Desculpe por qualquer coisa :)
que o céu NÃO SEJA o seu limite, como eu tenho certeza de que não será.
e que a gente continue construindo essa coisa boa, natural, forte.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

de vontades na calçada

Por que nenhum FREE HUG cruzou o meu caminho hoje?

do dia seguinte

- o que aconteceu?
- eu só acordei um dia e sabia.
- sabia o quê?
- sabia o que eu nunca tive certeza com você.


será que, algum dia, essas duas vão caminhar minimamente próximas?

no fundo, acho que só conseguimos sentir o tamanho da ressaca no dia seguinte.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

dos desencantos

Eu ando de perda em perda, perco o que encontro, não encontro o que busco, e sinto medo de que numa dessas distrações acabe deixando a vida cair.



página virada. mais uma. não que ela nao estivesse virada. mas hoje foi.. A VIRADA. Me sentindo mais livre. mas no fuundo, um receiozinho: desse costume de ausência. desse possível "desencanto". será uma palavra muito forte? ou eu ando meio plena DEMAIS nos últimos tempos? quem sabe.

mas o fato é: não me deixe desacostumar. não me deixe indiferente. não me deixe não me importar pelo fato de não dar oi, de não conversar, de não querer saber, ou de não demonstrar um MÍNIMO de preocupação que seja. nessa fase em que estou ainda.. melhor não dar muito pano pra manga.  Não me deixe não ser eu, na sua forma mais pura, mais intrínseca, mais natural, mais espontânea,mais.. Alessandra.

desencantar-se. é uma coisa longa, um processo difícil.mas que, pelo menos comigo: uma vez ocorrido... meio difícil voltar - pelo menos ao que era.

Afetar sem me afetar. Uma filosfia que impregna, não?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

do que eu quero do amor

vai ser,vai ser, vai ter de ser, vai ser, muuito tranquilo *_*





http://www.youtube.com/watch?v=3Zuf43mwqT8

da mais divina Essência

Deus

Esse terreiro de anjos
Esse errar que é sem fim
Essa paixão tão gigante
Esse amor que é só Seu
Esperando Você chegar

Os Homens aprenderam com Deus a criar e foi com os Homens que Deus aprendeu a amar




ai meu Deus,
e ainda dai-me a graça de ir num show no Circo Voador *__*

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

de caio f.

Só vou perguntar pq vc se foi,se sabia que haveria uma distância, e que na distância a gente perde ou esquece tudo aquilo que construiu junto.

Estou cada vez mais bossa-nova, espiritualmente sentado num banquinho, com o violão no colo.

Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer?
A verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.

-não?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

do só aprendendo a ser

As últimas semana foram.. uma doidera. Muita coisa, em pouco tempo, em pouco espaço. Como apreender o sentido de tudo isso, dos último acontecimentos, das pessoas que se revezaram na escrita da minha história nos últimos dias e, PRINCIPALMENTE, o MODO como eu as vejo, as sinto?

Na real, me sinto com uma paz.. uma quietude..um sorriso sempre constante, teimoso, que não cansa de se mostrar, de se exibir, de se espalhar. A minha calma em relação às situações, aos outros. Atrasos são ínfimos, sem mais correria, sem mais nervosinhos, chiliques. Não sei se e a isso que se chama "maturidade" - muito provavelmente eu esteja errada. mas, se a maturidade for parecida com isso... que venha pra ficar :)

Sem muitas indagações, sem muitos "MAS POR QUE?", "COMO?". Não. deixando o vento levar e, ao me fazer mais leve do que ele, todas as possíveis preocupações, indagações, questionamentos, angústias. Sem mais, sem depois. Agora. Deixe estar. Assim.


Supresas boas que se sucedem, outras nem tããããão boas. ou melhor: previsíveis ao que eu sustentava há pouco mais de um mês. Essa plenitude toda ganha MAIS FORÇA quando músicas são trocadas e, o que era um possível hino para as minhas madrugadas, hoje não me toca mais. Pelo menos não do jeito como tocava. Seria um sinal? Música que não bate mais, que parece não ter mais tanto significado.. ?

Descobrindo-me muito mais calma, muito mais consciente de minhas possibilidades, meus potenciais.. de uma possível força? Não sei. Não tô sabendo de muita coisa nos últimos tempos mas.. ignorantemente, alienadamente..? Nunca estive tão feliz por isso   :)   Que essa reviravolta da calmaria me revire.. e faça da minha alma seu abrigo.



"...Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo." (Clarice)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

breves reflexões

Ter neles ( negocios e finanças) as principais (e quase únicas) fontes de pautas retira da economia um de seus principais significados: o de discutir o meio pelo qual a sociedade se organiza, como produz e distribui seus bens/sua riqueza, como ela se organiza enquanto organismo.

O jornalismo econômico não deveria efetivamente retratar como a economia afeta a vida das pessoas em sua totalidade (não só aquelas que trabalham no ramo)? Sua renda, seu padrão de consumo, os meios como elas gastam ou aplicam seu dinheiro, os impostos que devem pagar, dentre outros. Isso não só mostraria ao público outra face da economia (que vai muito além da discussão de números, dividendo, estatísticas e especulações em bolsas de valores), como também aumentaria o número de leitores/internautas das editorias de economia já que, ao ver uma economia de modo mais concreto, conectando-a ao seu cotidiano, o publico encontraria uma razão para, um por que de ler as noticias de economia.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

de um NECESSÁRIO ir além

http://www.youtube.com/watch?v=2Ztr8j_-gD4&feature=player_embedded

e de ver que a vida é TÃÃÃO MAAAAIS *.*


contraste-me. não me idealize. veja meus defeitos, meus erros, minhas imprecisões. me corrija até, mas sem muita audácia e com um mínimo de humildade. me chacoalhe, me tire minimamente do lugar, me FAÇA PENSAR. Me questione, me inquiete. Não me aplauda em tudo, não ache tudo o que eu faço / falo / penso lindo. Me faça VER DIFERENTE.


O amor não te liberta. O nome disso é ALVARÁ DE SOLTURA. Amor é outra coisa.
O amor não é aquela coisa brega, mas que te remexe todo. O nome disso é Banda Calypso. O amor é outra coisa.

correção: O amor não te dá a chance de mudar o que está diante de você. E o nome disso NÃO é controle remoto. A isso chama-se PLENITUDE :)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

agradáveis surpresas eletrônicas

"Amor é o sol que não cobra por seus raios. É o ar que preenche todos os recipientes por dentro e por fora. É o oceano que aceita todos os tipos de rios sem questionar suas origens. É a árvore que não se vangloria ao dar sombra e abrigo e curva-se para oferecer seus frutos. É a água do mar que dissolve as rochas da arrogância inflexível. É a água doce do rio que mata a sede de todos que vêm na sua praia. É o chamado do sábio que ama o que sabe e sabe o que ama."


 

domingo, 8 de agosto de 2010

Tati Bernardi vicia

Não entendíamos nada, MAS continuamos insistindo.


Só tem uma coisa pior do que inventar um amor: ACREDITAR.

E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu não sei o que é. Dessa coisa que TALVEZ seja amor.

E eu pelos cantos, suspirando por mais um amor perdido pelo EXCESSO.

Nem posso dizer que tentei evitar, pois já descobri que se você evitar a VIDA, ela acontece do mesmo jeito.

Se a primeira recaída já é uma re-caída isso significa que enquanto você ACHAVA que estava tudo bem você já estava caindo?

Ainda que sentir de verdade pareça uma outra vida, às vezes cansa viver dentro das coisas que INVENTO.

Esperando porque é o que resta mesmo, não é falta de coragem, não é de se fazer, é de SE SENTIR e só.

Tenho vontade de perguntar baixinho: você não gosta nem um POUQUINHO de mim?

O tempo todo me dizendo MENOS. Menos. Pra aguentar, por favor. Pra ter alguma coisa, qualquer coisa.

Ressaca passa. É isso, simples. Você pensa que vai morrer, mas PASSA.

Não existiu morte para o que NUNCA nasceu....

Não vou permitir SILÊNCIOS porque é aí que o meu fundo transborda

Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, foram feitas pra um dia darem ERRADO.

Não preciso ter medo de espantar o que já está tão LONGE de mim.

Sempre uma tristeza abafada[...]uma alegria exagerada que ninguém acolhe e o silêncio depois, fazendo curativos na pureza criando CASCAS.

O que sobra quando você sai é um dia claro que me pede para dar um passo, apenas UM passo.

É triste saber que FALTA alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar....

Eu preciso sentir que você (ainda) SENTE.


E vou me perguntar de novo quando é que o efeito da droga que eu nunca experimentei vai passar.


- sem mais.
melhor eu fechar isso e nem ousar procurar por um nome:  Abreu, Caio Fernando.


Quem procura não acha. É preciso estar distraído e não esperando absolutamente NADA. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado.

Não lembrar dos que se foram, não desejar o que NÃO se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se.

Tô tirando férias, dando um TEMPO disso, chega de amar, chega de me doar, chega de me doer.

Ainda que nada dissesse, era sempre como se dissesse ALGUMA coisa.



- meu sobrenome é.. teimosia.

sábado, 7 de agosto de 2010

close your eyes, clean your heart, lei it go

"Mas daí, como num passe de mágica, sem que a gente se dê conta, as coisas vão mudando. As ligações se tornam remotas, as conversas evasivas e se vão estar juntos ou não pouco importa. O essencial se torna descartável. Até que a gente esquece, esquece de lembrar o quanto estar presente foi importante um dia."





é engraçado como algumas idéias que nos preenchiam quase por completo (sim, tenho orgulho ferido) hoje parecem não fazer mais o menor sentido. de como você parece ter certezas que se fortificam e correm o risco de se tornarrem VERDADES. e de como verdades se desmancham no ar, dissolvendo-se feito poeira.

de agora, impressão, memórias e premonições se misturarem a ponto de parecerem sinônimos. do que era uma desconfiança meio remota,m neurótica, hoje poder tornar-se o início de explicações mirabolantes para algo que, provavelmente, não passa de mais uma de minhas neuras, minhas teorias mirabolantes para explicar o que não foi e que nem passou perto de ser. ou daquilo que eu gostaria que tivesse sido.

como você conseguiu estragar a imagem que eu tinha construído de você? uma imagem tão forte, tão bonita, tão limpa... tão admirável sabe? você não tinha o direito de fazer isso. não tinha.  depois de botar aquela merda entre os lábios, você meio que revirou tudo em mim. até agora não sei definir se foi vômito, náusea, uma leve indigestão ou se é coisa adormecida que acordou e me rasgou inteira por dentro. foi lembrança que eu tinha deixado depositada num cantinho, quieta, para não ser acordada (pelo menos por enquanto) e fazer a bagunça que eu estava tentando pôr em ordem. do hábito sagrado de fingir que tá tudo normalíssimo, que eu não pensei em você, que eu não ensaiei tantas respostas de mensagens enviadas e que, provavelmente, foram MINIMAMENTE pensadas (sim, eu insisto em acreditar) e talvez relidas, reescritas.

por mais que eu fique brava internamente, sem demonstrar nada de modo tão  explícito, mexer com memórias não é simples assim. você não pode tirá-las da estante, olhar, brincar e depois largá-las aí em um canto. elas não mudam, elas estão intocadas, petrificadas pelo momento, pelo contexto em que se deram. as luzes, as cores, os cheiros, o tato, as falas, os risos de canto de boca, os olhos cintilantes em meio à escuridão da madrugada. tá tudo guardado, emoldurado e pronto. sabe, secou, não dá pra ficar retocando, tira uma frase de efeito daqui, põe uma gargalhada desajeitada no lugar. tira um tato, um arrepio, põe uma olhada para o lado oposto ao meu. tira o silêncio  e põe um carro passando, deixando fumaça e um barulho que vai emudecer tudo o que foi dito pelo silêncio entre nós.

você vai passando e vai desarrumando tudo. e eu tinha falado que não ia deixar a bagunça voltar. eu, que estava encontrando (ainda to encontrando) a plenitude. ok, talvez plenitude seja muito forte pra descrever as inseguranças cada vez mais seguras que andavam me preenchendo. mas sabe.. eu estava conseguindo. mesmo.

mas agora tanto faz. porque, além de você não estar preocupado com o meu estado nessa desarrumação toda, você sempre foi mei desajeitado. meio trapalhão. mas de um jeito não convencional. de um jeito só seu. que vai entrando, ainda que desproporcional, e vai tomando espaço, invadindo meus interstícios, meus vazios, minhas ressacas. de uma cura de ressaca leve, que já tinha me derrubado pra valer, você tornou-se o maior dos meus mal-estares; a minha ânsia. a minha reviravolta. minha dúvida. meu guia. meu preechimento. a minha... pulsação.


e olha eu aí de novo, falando de você desse jeito assim, cujo gosto é de madrugada fria, em que um quase foi mais que completo pra me completar. e, ainda que você tenha essa mania insuportável de retocar minhas memórias, eu juro que vou remexer nas memórias recentes e tentar recuperar a antiga. talvez fique meio borrado, meio sem foco, talvez perca um pouco o brilho, a cor e a simplicidade. mas eu quero recuperar um pouco, ao menos. é bem provável que não fique o mesmo. mas é um risco que se corre por esse vai e vem de roteiros, memórias, predições, combinações. mas, anda logo, escolha logo o seu. siga em frente. e me deixe. eu e minhas ressacas. talvez você demore pra passar. mas um dia, talvez uma outra ressaca, menor, mais leve e mais doce, tome o seu lugar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

chá, doces & cinema

já não serei mais agora a que renunciou isolada, a que se intimidou diante das vidas mal traçadas  e perece nas sombras, órfã de amor.


procura ler nos meus olhos todos os consentimentos e mata a tua sede.


se te encanta a passagem contraditória do meu ser passei sobre ela teu cansaço contemplativo.


estou passeando pela vida que passou: volto para ela.


[Patrícia Galvão]

de um dia que parecia ser meio torto, meio cinza, meio apático. apesar das novidades já conhecidas e do possível entusiasmo, hoje eu estava num clima "minha alegria, meu cansaço". mas, no fim, o que era aborrecimento virou alegria, o bico esparramou-se em riso. gargalhadas, correrias, medinhos momentâneos ("são longuinho, são longuinho, se eu achar o meu RG dou 3.. 4, 5, 10 pulinhos!"). aula de novo, novo rosto, novo esmalte, novo timbre. novo corte, alguns elogios, dezenas de sorriso por minuto. abraços, inúmeros, dos mais gostosos, fortes, de saudade, de presença, de companheirismo.

das expectativas mil. da metralhadora de sorrisos em que eu me vi hoje. de lágrima tímida, que escorre no canto, seguido de um riso de "inacreditável".

da vida que se apresenta sob estado de graça pra mim nesse instante.

- felicidade é a-pe-li-do *.*

 

do temor dos inesperados

cacete, que medo que me dá. aliás, um mix de medo, de ansiedade, de vontade de responder as MILHÕES de perguntas que me preenchem agora, da cabeça aos pés. é INCRÍVEL como planejamos falas, frases, cenas e até olhares e sorrisos com um alguém e, no fim, tudo nao sai exatamente como pensávamos / desejávamos. Alguns itens saem ainda melhores. outros nem tanto.

mas o fato é: nunca tive tão pouco (ou nenhum) controle sobre o caos de sensações que me retalham como agora. Num dia uma coisa, noutro outra, no seguinte ainda resta uma história recortada e mal contada pelo caminho. eu e minha mania de não pôr um fim, de dar um desfecho evidente para as coisas. quando eu comecei a me ligar mais em cinema, lembro de odiar aqueles filmes que não tinham final - final MESMO, daqueles de te fazer chorar pelo casal ter terminado junto ou por ter se separado definitivamente. ou qualquer outro desfecho que respondesse às perguntas que passaram pela minha cabeça ao longo de toda a trama.

e olha que irônico: no fim, minha trajetória é uma repetição de histórias não terminadas ou mal continuadas. de memórias que se cruzam e se mesclam, de frustrações que se somam, de surpresas boas que se multiplicam cada dia mais. das minhas inseguranças infinitas que me impedem de dar um passo rumo ao um THE END, enfim! e é nessa ânsia de acertar que acabo deixando tudo um pouco mais difícil e mais interminado. uma frase jogada ou que escapa, um olhar não intencionado que acaba extravasando, um sorriso que se esparrama em momentos de maior seriedade. um abraço não impedido, um noite não dormida, um "não" não dito, uma flor recebida, uma conversa que se deixa levar e que, no fim, acaba revelando muito mais do que pensávamos. ou muito mais do que tínhamos sentiso.

os silêncios que preenchem as dúvidas, os espaços, as conversas e que acabam falando muito mais do que pessoas. eu tenho medo dos silêncios. e do quanto eles podem falar por nós. é nesses silêncios que os movimentos se reproduzem, entrecortados por uma contraluz que desenha perfis no ar e ilumina olhos e bocas.


de uma dança, leve, inocente e envolvente ao mesmo tempo. de memórias, angústias e expectativas partilhadas, confissões trocadas, memórias confessadas.  livros emprestados, músicas mandadas, afagos.de uma identificação sobrenatural e uma aproximação frenética.

de um matar saudade que estava meio esquecida, meio guardada, meio trancada a sete chaves. de um janela inesperada, de uma ligação inesperada, de um "o convite ainda tá de pé?" mais inesperado ainda. de parte da família conhecida, de pães de queijo e bolo de mandioca. de um "até mais" no carro, de frases antes cobiçadas agora soltas, deliberadamente, da maneira mais natural e não dramatizada possível.

de abraço forte, que expreme lágrimas, tímidas, pequenas, mas que precisavam se libertar de dentro de nós. de noites partilhadas, mensagens não mandadas mas escritas meio incessantemente e naturalmente, escritas em pensamento, em sentimento, em vontade. de todas as discusssões, todas as convicções, todos as divergências, as poucas concordâncias. O novo ver, new ideas, new musicas, new style, new colours, new places, new destinies. todas as partilhas, todas as preocupações, todos os agrados, os empréstimos, os interesses, os risos, as frases de efeito mal jogadas com terceiras intenções. das discussões maduras na praça, no planejar de destinos alheios. algumas últimas decepções, algumas farpas bem cortantes, algumas brincadeiras não ponderadas.da dúvida que paira. sobre o que não se concretizou, mas de tudo o que já conseguiu arrancar, mudar, mexer, tirar, acrescentar. de todas as percepções alteradas, da ausência prolongada que consome, que me preenche e me esvazia, que me consome minutos que se transformam em dia que se convertem em mês. da dúvida constante, da pergunta mal feita e, por enquanto, longe de se respondida.

de abraço tímido, leve, meio desajeitado, que quer entregar-se e afagar o outro, mas com um receio, um pudor, um "quero mas não devo". das músicas tocadas, dedicadas, pensadas. do refri comprado, do salgado oferecido, do sorriso que se continha em sair e deixar-se mostrar. das mil frases, atos, supresinhas planejadas porém guardadas, num armário, num canto do quarto, da memória, do peito. de fotos tiradas, de cartas recebidas, lidas, relidas. tecos de email de esparramar riso ("digamos que eu adoro inverno"). do poder imutável de mexer com meus interiores e deme fazer AGORA (com 6 meses de faculdade, uma vivência e o conhecimento de pessoas tão maravilhosas) a pergunta que nunca se calou e que, pelo que vejo, continuará morando e latejando em mim: "POR QUE?". da sensação de eu ser a errada, a insensível, a que sempre faz tudo errado. ou, quase tudo.


às vezes gostaria de ter uma folha em branco e começar tudo de novo. mas, poucos instantes depois me asseguro: não. reescrever nos impede de viver alguns momentos em toda a sua exatidão e intensidade. digamos que, no máximo, eu gostaria de.. um bloco de rascunhos =]



"O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento conseguido com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar..

[...]

Esta dor tem de ser aguentada e bem sofrida com paciencia e fortaleza. Ir a correr para debaixo das saias de quem for é uma reacção natural, mas não serve de nada e faz pouco de nós próprios. A mágoa é um estado natural. Tem o seu tempo e o seu estilo. Tem até uma estranha beleza. Nós somos feitos para aguentar com ela.


Podemos arranjar as maneiras que quisermos de odiar quem amámos, de nos vingarmos delas, de nos pormos a milhas, de lhe pormos os cornos, de lhes compormos redondilhas, mas tudo isso não tem mal. Nem faz bem nenhum. Tudo isso conta como lembrança. Tudo isso conta como uma saudade contrariada, enraivecida, embaraçada por ter sido apanhada na via pública, como um bicho preto e feio, um parasita do coração, uma peste inexterminável, barata esperneante: uma saudade de pernas para o ar.


O que é preciso é iguala a intensidade do amor a quem se ama e a quem se perdeu. Para esquecer, é preciso dar algo em troca. Os grandes esquecimentos saem sempre caros. É preciso dar tempo, dar dor, dar com a cabeça nas paredes, dar sangue, dar um pedacinho de carne (eu quero do lombo, mesmo por cima da tua anca de menina, se faz favor)."

quinta-feira, 29 de julho de 2010

e agora?

e agora que apareceu o que eu já quis?
agora que não tem uma palavrinha que ajuda a te definir - você e a sua situação amorosa?


tá estranho definir. já tentei hoje, mas tá realmente esquisito.
or tantos lados ouvi tanta coisa essa noite. esse papo de "desapegar-se" tá realmente funcionando. menina, por que eu não tive essa sacada antes?

mas o fato é: quando eu mais encanei, você me escapava pelas mãos (se é que, em algum dia, eu já te tive nelas). foi tão inesperado a visita julina que, no fim, me deu uma ressaca boa de você. uma sensação de "ainda imagino algo, mas não agora. não nesse exato momento". os últimos seis meses mexeram um bocadinho comigo, me tiraram algumas coisas, somaram outras. me trouxe novas pessoas, novos lugares, novas situações e, principalmente, novas reflexões.  E o engraçado é pensar que, mesmo com algumas mudanças pontuais importantes, ainda é tão completo conversar com você. É intenso. Vc diz que concorda comigo em quase tudo, mas o mais incrível  não é isso. É simplesmente me sentir acolhida pelo seu modo de ouvir, pelo seu jeito de olhar. Pelo seu sorriso de canto de boca quando eu reclamo ou constato umas coisas que, pra mim (e acho que pra você também) nao estão legais como estão. essa foi uma das principais constatações da última trombada que tivemos. Constatação já constatada por mim há tempos.

e o mais incrível também é ensar que, independente dos fins que nossa não-história teve, eu ainda penso isso de você. Independente de te visto há algumas semanas, de você ter me ajudado num dos momentos mais desafiadores da minha vida até então. De você não ter estado presente em pequenos detalhes - em quais senti a sua falta (muito, médio e pouco).

eu te admiro (ainda, acho que isso não é algo simples e tão efêmero que passa à medida que a janela troca a estação), admiro essa integridade, ese caráter que transparece, que emerge de voce de forma tão natural. minha mãe notou. mnha tia aprovou. minha vó adorou. olha que essa ultima tem uma pureza de coração que faz ela não se enganar tão facilmente quando se trata de assuntos assim.

enfim...
de dizer que eu tô leve, mais que pluma. hoje. há alguns dias. e não vejo meios disso acabar tão cedo :]

que você faça parte dessa plenitude que eu reconstrui após a sua partida.


que venha pra ficar :)



sexta-feira, 16 de julho de 2010

da felicidade e um pouco mais

“(…)


Vida, casa encantada,
onde eu moro e mora em mim,
te quero assim verdadeira
cheirando a manga e jasmim.

(…)”


Thiago de Mello – A Vida Verdadeira

 
animaçããão, incredulidade, little fears e uma vontade enorme de agir.
minha nossa, que férias.
 
ligação surpresa, casa minha e ela em mim. confissões na madrugada e no café da tarde. carinho na perna, abraços aconchegantes, acordar com telefonema e risos largos, rever fotos, lembrar momentos, partilhar memórias alheias, saber de novidades, relembrar cheiros.pessoas, cheiros, comidinhas, risos, muitas conversas. discussões e simples (aguardadas, supreendentes) constatações, confissões, comentários. um abraço. e um possével "até breve".
 
 
e do inesperado é do que eu gosto mais.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

literatura, chuva e sossego

a chuva riscava a janela do quarto. pintava de cinza as vidraças da casa. o frio entrava pelas narinas, fazendo-as gélidas e úmidas. o pé, gelado, tentava sobreviver embrulhado por meias não muito quentes. a cidade, mais nublada que o próprio céu, parecia murcha, quase morta. As pessoas, agasalhadas, passavam pela calçada, andando despreocupadas, meio apressadas, como quem diz: "assim que chegar em casa, um copo fervente de café".

e eis que no meio dessa gelidão brutal, há uma menina, envolta por seu cobertor cor-de-rosa. Estampado em flor, forrado por dentro e por fora, essa cobertor não tem apenas o poder de isolar a menina do frio . O cobertor isola não só o frio, mas também a menina do mundo noticiado nos jornais, televisionado pela caixa preta da sala e gélido, que entra pelas frestas da porta. Ele a isola ali, no seu quarto, no seu mundo. O mundo dela, de seus livros, do tempo que passa ali, sozinha com eles, porém tão bem acompanhada. "Eu tinha tanta coisa pora fazer, tanta gente pra ver mas, definitivamente, não desejaria estar em qualquer outro lugar que não esse, fazendo qualquer outra coisa que não isso".

esse sentimento, perseguidopor tanto tempo, ameniza as possíveis angústias da menina. com seus livros, ela conhece pessoas (um tal de Manuca, relembra Quintana e recontacta Drummond). os livros falam por si e pelos autores, mas o engraçado é notar que eles podem ter o significado que quisermos. tudo depende do leitor - não apenas do leitor em si, mas de seu estado de espírito, sua vontade, sua capacidade de abrir-se aos retalhos rabiscados no papel. Abrir-se às idéias ali contidas, às palavras carregadas de sentimentos, convicções, como pequenos recortes de mundo.

ali ela permanece. quente, cálida, calma. a chuva arranha os vidros. mas que importa? o vento sopra nos seus ouvidos, agita as folhas amareladas que caem, agitadas pela brisa outonil. mas ela está ali, rosada, ora pelo calor, ora pela sua concha cor de rosa. ali ela descobre o Recife de Bandeira, nao a Veneza brasileira, mas sim  recife antigo da casa de seu avô, recortadas pelas memórias infanto-juvenis do pernambucano. O que falar da saudade itabirana de Drummond, oitenta por cento ferro, porém, tão leve quanto pluma ao escrever versos como "teus ombros suportam o mundo / e ele  não pesa mais que a mão de uma criança". Quintana, vindo de Alegrete, descreve tão bem aquele ambiente vivido pela menina, que, amando os poemas em silêncio, revela-se uma amante e tanto. Ali, onde a alegria cabe apenas num sorriso.

passadas algumas horas, a menina levanta. renovada, sente como se tivesse sido ela lida pelas letras acompanhadas por seus olhos. moça, pronta a suportar algumas de suas dores e a encarar o mundo que, mesmo depois de tantas cores contidas naqueles retalhos bracos e pretos, continuava cinza.



a Poesia faz uma coisa que parece que nada tem a ver com os ingredientes mas que tem por isso mesmo um sabor total: eternamente ese gosto de nunca e de sempre.

domingo, 11 de julho de 2010

y mi soletud se siente acompañada

Vivia a te buscar
Porque pensando em ti
Corria contra o tempo
Eu descartava os dias
Em que não te vi

Como de um filme
A ação que não valeu
Rodava as horas pra trás
Roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho
Pra encostar no teu

Subia na montanha
Não como anda um corpo
Mas um sentimento
Eu surpreendia o sol

Antes do sol raiar
Saltava as noites
Sem me refazer
E pela porta de trás

Da casa vazia
Eu ingressaria
E te veria
Confusa por me ver
Chegando assim
Mil dias antes de te conhecer


[Valsa Brasileira, Chico]

domingo, 27 de junho de 2010

as artes da vida [levemente alterado]

- permanecer despreocupado (bem difícil, por mais problemas fúteis que se tenha! ainda mais sendo uma pessoa ansiosa como eu!)

- manter-se saudável (tem uma hora que bolos, doces e salgadinhos me entopem!)

- ensinar (e aprender, são processos de mão dupla e meio que inseparáveis, na minha visão)

- escrever (pôr o seu caos internos em palavras é uma das artesmais difíceis a se fazer)

- progredir (sentir-se crescer, como pessoa, como mulher, como estudante, como cidadã)

- fazer as pessoas sorrirem (mandato primeira da minha vida :D )

- aceitar (não ficar maldizendo tudo, ver que as coisas podem sem benéficas ou muito necessárias mesmo - quando não temos visão para enxergá-las como tal) e, ao mesmo tempo, ter coragem para agir (apenas discursos bonitos não me satisfazem).

- fazer o melhor do desperdício (tentar lutar contra ele, realmente pôr em prátias as mensagens que você vê em propagandas, jornais, TV!)

- transformar (você primeiro, depois algumas coisas à sua volta, quem sabe então o mundo)

- ganhar o coração dos outros (corrigindo: deixar a porta deles sempre aberta para você, não para algum favor.. mas por ter a sensação de que houve uma convivência boa, proveitosa e por vezes deliciosa para ambos).

- descobrir o que dá sentido à sua vida (e, quem sabe, atingir o ápice,  o de talvez ajudar, inconscientemenete, outros a descobrirem o sentido da vida delas).



plenaaa *.*

que mais luz bata no meu vitral e espalhem essa luz que me completa agora :]

quinta-feira, 24 de junho de 2010

tão estranho

I keep on falling
In and out of love
With you
Sometimes I love ya
Sometimes you make me blue
Sometimes I feel good
At times I feel used
Loving you darling
Makes me so confused



-ligeiro medo de músicas descobertas assim, em madrugadas como a de hoje.

sábado, 19 de junho de 2010

troca-troca

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

[Quadrilha, Drummond]

quarta-feira, 16 de junho de 2010

seja a peça torta

queria entender por que é TÃO difícil para algumas pessoas conceberem a existência de outros pontos de vista, de outras perspectivas.

Por que é TÃO difícil aceitar que pessoas diferentes de você (ou até mesmo aquelas parecidas) tenham sonhos e objetivos de vidda diferente? Casar, filhos, casa, carro do ano e celular do mês. Por que não ver que isso pode NÃO ser o principal objetivo de alguém?

Não descriminando quem tem isso como meta de vida. A questão aqui é que, sob o meu ponto de vista de merda, o mundo é vasto demais e as pessoas minimamente diferentes para que se tenha um PADRÃO DE FELICIDADE.

A sociedade é sim diversa, é cheia de idéias e ideais diferentes. mas por que DIABOS sinto (muitas vezes) que não se tem espaço para que outras visões emerjam, surjam e sejam minimamente respeitadas?

Por que as pessoas que querem o diferente do que é vendido pelas propagandas sob o rótulo "compre isso e seja feliz por 5 minutos" são discriminadas, ridicularizadas, vistas como rebeldes ou MAUS EXEMPLOS?!


Hoje só senti um cansaço INFERNALMENTE PESADO por me sentirt exprimida no meio de tantos ideais pré-fabricados ou esmagada pelas estantes onde felicidades instantâneas são vendidas.

E o engraçado é pensar que, por mais que respeito seja um dos valores maaaais defendidos pelos educadores da minha geração, muitas vezes eles próprios se esquecem disso.

Chocante não é o fato de haver TODO SANTO dia alguém revirando lixo, no prédio ao lado, em busca de comida, mas sim o de alguém decidir não trocar sonhos e satisfação pessoal e profissional por um emprego minimamente estável (e absurdamente mais frustrante) junto a todos as ilusões de felicidade que ele pode trazer (casa grande, espaçosa, celular que frita ovo, iPod que cura a sua depressão e um contra cheque gordo no fim do mês pronto a ser torrado no shopping center mais próximo).

Se você conseguiu aliar satisfação pessoal, profissional e financeira, ÓTIMO.
Não condene quem infelizmente não teve o mesmo sucesso que você e resolveu optar por uma delas (principalmente a que é menos valorizada na sociedade).


Não podem haver ditaduras.
Sejam elas militares ou não.

seja a peça torta.
e desgringole essa máquina ideológica do caralho.



“Quando perdemos a capacidade de nos indignar com as atrocidades cometidas contra os outros, perdemos também a nossa condição de seres humanos.” Vladimir Herzog

terça-feira, 15 de junho de 2010

em (desagradável) estado de suspensão

Oh, I'll never know what makes this man

With all the love that his heart can stand
Dream of ways to throw it all away


 
uma amiga minha diz que o tempo cura, ameniza, esclarece.
 
nunca torci tanto para que isso fosse verdade.
 
agora a pergunta que fica é: será que eu aguento aré o tempo do tempo chegar?

domingo, 13 de junho de 2010

no meio de tantas coisas..

A vida só se dá para quem se deu. (Vinicius de Moraes)


Deus meu, hoje compreendo, SINTO a idéia de "as palavras não dão conta de algumas coisas".
Quandso as palavras tornam-se useless, é porque  há algo muito estranho acontecendo.
 
ou algo terrivelmente bom :)
 
 
 
there's nothing you can do.

terça-feira, 8 de junho de 2010

lágrimas, muitas.

Nunca se esqueçam que isso é uma família (não briguem nem se desgastem a toa), amizade em primeiro lugar. Nunca se esqueçam que a batereca vai ser tão foda qnto nós nos esforçarmos para isso. Nunca se esqueçam que somos um time e em um inter temos 5,6 jogos por dia, não importa o que os outros pensem. Nunca se esqueçam que somos o coração da torcida. Nunca se esqueçam da sensação de ganhar um JUCA.

 
algumas pessoas falam q não somos um time. engraçado. pq, quando estamos tocando, vejo nos olhos d cada um d vcs uma cumplicidade absurda. vcs já  pararam pra pensar nisso? q vc está no mesmo ritmo q 30 pessoas? vcs podem não perceber, mas isso é de um intimismo absurdo. isso cria vínculos. e acabamos passando juntos por todas as vitórias e derrotas, as felicidades e sofrimentos, as risadas, as dores e bolhas, os "eu nunca"s, as refeições juntos, os churras, os ensaios a 10°C na raia... é por isso q eu concordo qdo dizem q não somos um time. pq chega um momento em q transcendemos isso. não somos mais só um time. e já passamos do ponto de ser uma família.

 estamos além.

somos cúmplices, amantes, amigos de longa data, amores à primeira vista. somos um único coração.



os quatro melhores dias da MINHA VIDA.
SEM DÚVIDA.

os toques. os breques. os gritos. o abraço. as lágrimas INFINITAS.


Faltam 367 dias para o JUCA 2011...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

a todos os vestibulandos

gritar o nome da faculdade. dobrar a esquina , sgurando o nó de choro ao ver o sinalizador brilhando, único em meio às sombras. sentir as expectativas, desenhar aquelas mesmas cores, projetar os mesmos rostos e memorizar os memos sons para daqui a uma semana. Sentir o coração pular, a mão gelar, a perna tremer, o lábio secar e os olhos umedecerem. gritar, pulsar, vibrar. cansar, revigorar, gritar de novo, bater ainda mais forte, sorrir a ponto de alargar a boca. bater bater, bater. cegar, ensurdecer, emudecer. explodir, calar. calar, andar, parar. sair, extravasar.
olhares.
pulos,
gritos,
beijos,
abraços.

- "eu resumo tudo isso pra você filhota: dois anos e meio de cursinho. aproveite. viva INTENSAMENTE. sinta-se parte".

sentir poder abraçar o mundo e ainda assim SOBRAR ESPAÇO.



sentir-se realmente parte.
deixar que as lágrimas enxuguem as suas preocupações, lavem os seus problemas e limpem a sua alma.

agora sinto-me novamente transparente.
agora eu era o que sempre fui.


- 06 DIAS PARA O JUCA *.*

sexta-feira, 21 de maio de 2010

num futuro não muito distante...

Comprando o que parece ser
Procurando o que parece ser
O melhor pra você
Proteja-se do que você
Proteja-se do que você vai querer
Para as poses, lentes, espelhos, retrovisores
Vendo tudo reluzente
Como pingente da vaidade
Enchendo a vista, ardendo os olhos
O poder ainda viciando cofres
Revirando bolsos
Rendendo paraísos nada artificiais
Agitando a feira das vontades
E lançando bombas de efeito imoral
Gás de pimenta para temperar a ordem
Gás de pimenta para temperar
Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar
Como pode a propaganda ser a alma do negócio
Se esse negócio que engana não tem alma
Vendam, comprem
Você é a alma do negócio
Necessidades adquiridas na sessão da tarde revolução não vai passar na tv, é verdade
Sou a favor da melô do camelô, ambulante
Mas 100% antianúncio alienante
Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar
Eu vi a lua sobre a Babilônia
Brilhando mais do que as luzes da Time Square
Como foi visto no mundo de 2020
A carne só será vista num livro empoeirado na estante
Como nesse instante, eu tô tentando lhe dizer
Que é melhor viver do que sobreviver
O tempo todo atento pro otário não ser você
Você é a alma do negócio, a alma do negócio é você
Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar

[Propaganda, Nação Zumbi]


ao ler essa letra, senti uma coisa muito ruim - uma falta de letras minimamente inteligentes, que te provoquem e te façam pensar. Sensação a mesma que senti no show dos Raimundos na virada cultural (Raimundos, que juntavam humor do mais sarcástico com pontas minimamente provocativas). mais uma vez, vem em meu pensamento uma cena que provavelmente viverei - seja com filhos e / ou sobrinhos. Em pleno almoço de família, um dos pseudo- adolescentes chega pra mim e pergunta:

- tia, o que que tinha de bom quando vc era mais nova?
- de bom.. como assim? - responderei, como que tentando disfarçar o assunto e chamar todos pra almoçar, em pleno domingão na casa da vó.
- de música tiiia...
- hã... (putaquepariu, que que eu vou dizer agora? eu era bebê quando o NIRVANA explodiu, Guns'n'Roses já estava praticamente aposentado, Caetano Veloso já fazia  show pela Europa APENAS, Elis Regina já havia morrido, Chico Buarque já pertencia às páginas dos livros de história, Janes Joplin já era puta nostalgia, Titãs só ia na virada cultural pra memorizar sucessos e foi o meu pai, e não eu, quem conseguiu pegar o show do Queen no Morumbi).

[5 minutos se passam, após uma busca frenética por algo minimamente não vergonhoso]

- Ah... quando a tia era mais nova, começou um novo estilo de música - que chamamos "emocore", sabe?
- "emocore"?
- sim, aquelas músicas de rock (engasgo ao dizer isso) com aqueles mocinhos (outro engasgo) com roupas coloridas, pentiados inusitados  (what the fuck?!) tocando músicas que diziam sobre sentimentos.
- ahh, vc tá falando daquelas bixas egocêntricas com franjas de gel, gloss e sombra no olho, que precisam se fantasiar pra entrar no palco e que fingem que tocam música mas que na verdade só sabem falar do chifre que nem chegaram a levar da namorada e do dia que tá lindo, do sol que está se abrindo e essas baboseiras comerciais todas?
- ah, se você pensa assim.
- ah tia, pelo amor vai.. além disso daí, o que mais tinha?
- bom, também estava muito na moda o "sertanejo universitário". Os caras vão em arenas enormes fazer show e muitos grupinhos de faculdade iam.
- Ah, depois que o forró universitário faliu, eles resolveram mudar de estilo e adotaram um sertanejo universitário?
- mais ou menos isso.

[eu com cara de bunda, sobrinho com cara de DECE-PÇÃO)


- ah - disse animada, com uma idéia que poderia mudar UM POUCO a concepção do sobrinho - quando eu era adolescente explodiu uma das maiores expressões de música POPULAR, que veio do povão mesmo.
- ah.. e qual é?
- o funk. vc sabe? Ele tem um quê muito social, tem uma batida forte, muitos traduzem a realidade vivida em muitas favelas e...
- ah tia, nem sempre hein? e quando vão aquelas mulheres-fruta (melancia, melão, jaca e tudo mais o que a feira dominical comportar) na Luciana Gimenez, berrando músicas que só tem refrão e tremendo a bunda gigantesca celulitizada na frente da câmera? que realidade social elas traduzem?



- ... então meninos, vamos almoçar?