"O primeiro volume de História da Sexualidade rompeu com a hipótese repressiva que marcava a maioria dos estudos até meados da década de 1970. Segundo Foucault, vivemos em uma sociedade que, há mais de um século,
“fala prolixamente de seu próprio silêncio, obstina-se em
detalhar o que não diz; denuncia
os poderes que exerce e promete
libertar-se das leisque a fazem funcionar”. (FOUCAULT, 2005, p.14)
Em outras palavras, o filósofo afirmou que a sexualidade não é proibida, antes
produzida por meio de discursos. Ao expor e analisar a invenção do homossexual, ele mostrou que identidades sociais são efeitos da forma
como o conhecimento é organizado e que tal produção social de identidades é “naturalizada” nos saberes dominantes. A sexualidade tornou-se objeto de sexólogos, psiquiatras, psicanalistas, educadores, de forma a ser descrita e, ao mesmo tempo, regulada, saneada,
normalizada por meio da delimitação de suas formas
em aceitáveis e perversas. Daí a importância daquelas invenções do século XIX, a homossexualidade e o sujeito homossexual, para os processos sociais de regulação e normalização."
O bom e velho Foucault.
sinto que ele será um dos meus favoritos *.*
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