terça-feira, 28 de setembro de 2010

de legendas

Jane: [...] Grande parte das vezes é a nossa própria vaidade que nos ilude. Para as mulheres, a admiração que elas crêem no objeto significa mais do que aquilo de fato se trata.

Elizabeth: E são os homens que se encarregam de as convencer.

Jane: Se é propositalmente que o fazem, não têm desculpa; mas não creio que no mundo haja tanta duplicidade, como a maioria das pessoas pretende fazer acreditar.

Elizabeth: Estou longe de atribuir à duplicidade alguma faceta do comportamento de Mr. Bingley; mas o que certo é que, mesmo sem se planejar fazer o mal ou tornar os outros infelizes, podem-se criar situação de equívoco e sofrimento. Refiro-me à inconsistência, à falta de atenção para com os sentimentos dos outros e à falta de poder de resolução.

(Orgulho e Preconceito - Jane Austen)


melhor deixar pra la.

domingo, 19 de setembro de 2010

de perturbações, inseguranças, crescimentos

“A identidade torna-se uma celebração móvel: formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas cultuais que nos rodeiam. É definida historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, identidades que não são unificadas ao redor de um eu coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas. Se sentimos que temos uma identidade unificada desde o nascimento até a morte é apenas porque construímos uma cômoda estória sobre nós mesmos ou uma confortadora narrativa do eu. A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia” (HALL, p. 13).


- de um primeiro passo a saltos largos, de perder de vista.
mexida, revirada, insegura. com medo. com receio. com vontade. com o pé preso e o coração calado.
 
eu penso.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

de trechos de livros

Entre canção e canção, essa mulher conta boas histórias,e as conta espiando papeizinhos,como quem lê a sorte de soslaio.

Essa mulher de Oslo veste uma saia imensa, toda cheia de bolsinhos.

Dos bolsos vai tirando papeizinhos, um por um, e em cada papelzinho há uma boa história para ser contada, uma história de fundação e fundamento, e em cada história há gente que quer tornar a viver por arte de bruxaria.

E assim ela vai ressuscitando os esquecidos e os mortos; e das profundidades desta saia vão brotando as andanças e os amores do bicho humano, que vai vivendo, que dizendo vai.



- um abraço beem grande pra você.
Obrigada por tudo. Desculpe por qualquer coisa :)
que o céu NÃO SEJA o seu limite, como eu tenho certeza de que não será.
e que a gente continue construindo essa coisa boa, natural, forte.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

de vontades na calçada

Por que nenhum FREE HUG cruzou o meu caminho hoje?

do dia seguinte

- o que aconteceu?
- eu só acordei um dia e sabia.
- sabia o quê?
- sabia o que eu nunca tive certeza com você.


será que, algum dia, essas duas vão caminhar minimamente próximas?

no fundo, acho que só conseguimos sentir o tamanho da ressaca no dia seguinte.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

dos desencantos

Eu ando de perda em perda, perco o que encontro, não encontro o que busco, e sinto medo de que numa dessas distrações acabe deixando a vida cair.



página virada. mais uma. não que ela nao estivesse virada. mas hoje foi.. A VIRADA. Me sentindo mais livre. mas no fuundo, um receiozinho: desse costume de ausência. desse possível "desencanto". será uma palavra muito forte? ou eu ando meio plena DEMAIS nos últimos tempos? quem sabe.

mas o fato é: não me deixe desacostumar. não me deixe indiferente. não me deixe não me importar pelo fato de não dar oi, de não conversar, de não querer saber, ou de não demonstrar um MÍNIMO de preocupação que seja. nessa fase em que estou ainda.. melhor não dar muito pano pra manga.  Não me deixe não ser eu, na sua forma mais pura, mais intrínseca, mais natural, mais espontânea,mais.. Alessandra.

desencantar-se. é uma coisa longa, um processo difícil.mas que, pelo menos comigo: uma vez ocorrido... meio difícil voltar - pelo menos ao que era.

Afetar sem me afetar. Uma filosfia que impregna, não?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

do que eu quero do amor

vai ser,vai ser, vai ter de ser, vai ser, muuito tranquilo *_*





http://www.youtube.com/watch?v=3Zuf43mwqT8

da mais divina Essência

Deus

Esse terreiro de anjos
Esse errar que é sem fim
Essa paixão tão gigante
Esse amor que é só Seu
Esperando Você chegar

Os Homens aprenderam com Deus a criar e foi com os Homens que Deus aprendeu a amar




ai meu Deus,
e ainda dai-me a graça de ir num show no Circo Voador *__*

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

de caio f.

Só vou perguntar pq vc se foi,se sabia que haveria uma distância, e que na distância a gente perde ou esquece tudo aquilo que construiu junto.

Estou cada vez mais bossa-nova, espiritualmente sentado num banquinho, com o violão no colo.

Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer?
A verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.

-não?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

do só aprendendo a ser

As últimas semana foram.. uma doidera. Muita coisa, em pouco tempo, em pouco espaço. Como apreender o sentido de tudo isso, dos último acontecimentos, das pessoas que se revezaram na escrita da minha história nos últimos dias e, PRINCIPALMENTE, o MODO como eu as vejo, as sinto?

Na real, me sinto com uma paz.. uma quietude..um sorriso sempre constante, teimoso, que não cansa de se mostrar, de se exibir, de se espalhar. A minha calma em relação às situações, aos outros. Atrasos são ínfimos, sem mais correria, sem mais nervosinhos, chiliques. Não sei se e a isso que se chama "maturidade" - muito provavelmente eu esteja errada. mas, se a maturidade for parecida com isso... que venha pra ficar :)

Sem muitas indagações, sem muitos "MAS POR QUE?", "COMO?". Não. deixando o vento levar e, ao me fazer mais leve do que ele, todas as possíveis preocupações, indagações, questionamentos, angústias. Sem mais, sem depois. Agora. Deixe estar. Assim.


Supresas boas que se sucedem, outras nem tããããão boas. ou melhor: previsíveis ao que eu sustentava há pouco mais de um mês. Essa plenitude toda ganha MAIS FORÇA quando músicas são trocadas e, o que era um possível hino para as minhas madrugadas, hoje não me toca mais. Pelo menos não do jeito como tocava. Seria um sinal? Música que não bate mais, que parece não ter mais tanto significado.. ?

Descobrindo-me muito mais calma, muito mais consciente de minhas possibilidades, meus potenciais.. de uma possível força? Não sei. Não tô sabendo de muita coisa nos últimos tempos mas.. ignorantemente, alienadamente..? Nunca estive tão feliz por isso   :)   Que essa reviravolta da calmaria me revire.. e faça da minha alma seu abrigo.



"...Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo." (Clarice)