sábado, 14 de fevereiro de 2009

A menina de Port Arthur - uma texana nada convencional



No dia 19 de janeiro de 1943, nascia em Port Arthur, Texas, Janis Lyn Jolin, filha de Seth e Dorothy Joplin. Era uma criança quieta e obediente, aplicada no colégio, sempre querendo se superar.


Para Port Arthur, Janis começou a ficar incômoda. Primeiro, porque, com a chegada da adolescência, ficou muito feia: espinhas, cabelos ásperos, gorda. Uma dama do sul tem que ser bonita, suave, quieta. Os colegas rejeitavam Janis porque ela era feia, e ela respondia com agressividade. Maus modos. Depois, Janis pensava. Pensava além do mundo estreito da cidade, além dos limites do bom comportamento que uma garota texana deve ter. Janis lia muito, lia de tudo:política, arte,folosofia. Com 12 anos ela teve a audácia de se dizer a favor da integração racial, em plena sala de aula. "A partir daí tinha sempre um grupo de garotos atrás dela, vaiando e gritando que ela era amante dos crioulos", lembra uma antiga amiga. Com cerca de 14 anos, ela se perguntava com insistência porque não conseguia ser como suas colegas, porque não podia fazer o que os rapazes faziam: jogar sinuca, beber nos bares de Louisiana, tocar violão e cantar nas praias do Rio Neches até de madrugada. Se era feia,mal educada e estúpida, ela não tinha nada a perder. Não seria uma bela garota texana. Seria um dos rapazes.


"Por que nenhuma homem gosta de mim? É por isso que eu canto blues, porque os blues são a eterna canção da mulher sozinha, iludida, enganada, esperando..." (Janis Joplin).


E pensar que o Texas nos deu pessoas assim, e coisas como George W. Bush.
No mínimo irônico.

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